A-Leitura aconselhada:
1."Cibercultura e Cidadania " de José Luís Lima Garcia
1."Cibercultura e Cidadania " de José Luís Lima Garcia
(Texto disponível em http://www.bocc.ubi.pt/pag/garcia-jose-luis-cibercultura-cidadania.pdf)
2."Redes sociais na Internet: Considerações iniciais" de Raquel da Cunha Recuero
(Texto disponível em http://www.bocc.ubi.pt/pag/recuero-raquel-redes-sociais-na-internet.pdf)
B-Veja o filme:
"The Social Network" (2010) de David Fincher
Pergunta: Que poder têm os media e redes sociais: poder de informar e/ou poder de persuadir?
Baseie-se no desafio colocado no Facebook de trocar a fotografia de perfil por uma imagem de um desenho animado (Consulte em http://www.facebook.com/event.php?eid=175521892463725 )
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11 comentários:
O desafio lançado pelo jornalista João Tomé de Carvalho para a mudança da imagem do perfil no Facebook é um bom exemplo do poder da persuasão que pode ter no comportamento das pessoas. Apesar do desafio em si ser meramente lúdico, é de ressalvar a quantidade de pessoas que já aderiram em mudar a imagem do seu perfil, por um herói de BD da sua infância. Uma ideia no mínimo interessante.
o facebook é a prova de que os média e as redes socais têm o poder de persuadir.Este poder é ilustrado através da forma como os vários utilizadores do facebook aceitaram o desafio colocado e trocaram a fotografia de perfil por uma imagem retirada de um desenho animado.
O próprio filme "the social network" mostra o poder persuasivo das redes socais e, especificamente, do facebook. Vários estudantes de harvard decidiram aderir o que fez com que a rede se expandisse para além da referida universidade.
De certa forma, podemos dizer que o facto do facebook e as restantes redes sociais serem hoje tão populares deve-se ao facto de muitas pessoas explorarem estes novos meios para se sentirem integradas numa sociedade cada vez mais técnocrata, mais uma vez exemplificando o poder persuasivo das redes sociais
É quase impossível deixar de reparar na força que as redes sociais exercem hoje em dia no quotidiano dos cidadãos do mundo, ou como diria Macluhan, nestes cidadãos de “aldeia global”. O aparecimento da Internet tem causado fenómenos que ainda hoje são dignos de causar inquietação, espanto e talvez até alguma desconfiança. Quando é que começamos a expor a nossa vida? Quando é que começamos a permitir que estranhos se tornem nossos amigos? Quando é que começamos a poder escolher a realidade em que queremos viver?
José Luís Garcia, no seu texto “Cibercultura e Cidadania” cita Michel Billant que afirma o seguinte: “a Net mais do que uma nova tecnologia, é uma mudança de civilização”. De facto, é inegável que transformamos a nossa forma de conviver. Mais do que isso, transformamos a espaço onde convivemos. Quantos de nós se apercebem do poder das redes sociais? Que lugar ocupa agora o cidadão? O poder de informar sai do seu lugar de origem (media) e passa a ser partilhado e efectuado por todos. O esquema tradicional que ditava a existência de uma emissor que escolhia uma mensagem que transmitia ao receptor deixa de existir, isto porque, o receptor deixa de ser inactivo e passa ele mesmo a distribuir mensagens. O processo de comunicação passa a ser efectuado por todos de uma forma activa.
As redes sociais estão presentes activamente no espaço íntimo de cada um de nós e usam todos os estilos de comunicação existentes: persuadem, convencem, informam e por vezes até entretêm.
O Facebook é um fenómeno social que atingiu proporções mundiais. Inicia desafios como por exemplo a mudança da fotografia de perfil para uma imagem de banda desenhada demonstrando assim o seu poder e o seu encaixe na indústria de entretenimento do século XXI. A publicidade, o marketing, as relações públicas são componentes daquilo a que chamamos “indústrias de persuasão”. Basta fazermos um click sobre páginas como “Seat”, “Zara” ou “Dolce e Gabbana”para nos maravilharmos com o número de pessoas que “gosta” destas ou de outras marcas.
Tem também o poder de informar porque possibilita aos meios de comunicação como o Público ou o Jornal de Notícias a criação de páginas para que divulguem conteúdos, notícias permitindo ainda que os utilizadores comentem em tempo real as notícias divulgadas.
Não é possível continuar a ignorar o poder que esta teia de redes (Facebook, Twitter, Orkut, etc.) têm na sociedade actual.
a resposta parece-me óbvia. O poder dos media e das redes sociais é tanto informativo como persuasivo.
Parece haver um espelhar da realidade física para a realidade virtual.
Olhando para o caso do desafio proposto no facebook para trocar a imagem de perfil por uma de um desenho animado, percebemos que fenomenos como este acontecem também nos nossos circulos de amigos, onde há um lider e todos se influenciam entre si. São, talvez, fenómenos de adesão em grupo. Mas claro que, no ciberespaço, estes fenómenos tomam proporções muito maiores e tornam-se fenómenos de adesão em massa.
Ora, se uma proposta inocente de alteração de fotografia de perfil para um desenho animado conseguiu persuadir tantos "facebookeiros", imagine-se o que esta ferramenta poderá fazer ao serviço da propaganda Política ou da Publicidade.
De facto, depois da impactante campanha de Obama, já não será de estranhar que Partidos Políticos, Universidades ou Empresas tenham já aderido à tão global rede social Facebook, tantando, assim, facilitar a sua promoção.
Por outro lado, numa visita rápida a alguns perfis e fotografias de facebook, rápidamente se percebe que há predominancia de exposição da vida privada. em poucos segundos, visitando a página de Facebook de alguém, é possível saber com quem a pessoa é casada, de que cidade é, em que área trabalha ou que escola ou Universidade frequenta, o que fizeram, o que deixaram de fazer ou ainda o que tencionam fazer.
São os lavadouros do século XXI.
Aqui vemos o seu poder informativo, não esqecendo também que a primeira "fase" de uma propaganda/publicidade é informar.
No entanto, é necessário perceber que esse espelhar do mundo real no mundo virtual não é unilateral.
A vida real e a vivênvia social também sao afectadas pela vivência ciberespacial.
Um exemplo disso são as alterações no vocabulário. Blog, Facebook, Messenger, Hi5, Orkut, Youtube, Twitter, On-line, Off-line, Perfil, Mural são algumas palavras que não seriam compreendidas ha uns anos a tras. No entanto, actualmente, fazem parte dos nossos diálogos mais informais (ou formais).
Os novos media sao, assim, e acima de tudo, uma forma de mutação social.
( e provavelmente essa mutação irá manter-se constante, pois a evolução dos meios parece, igualmente, não ter limites. )
como acrescento ao meu coméntário anterior, devo dizer que na minha opinião, é importante frisar que o facebook, apesar de ter um papel sobretudo persuasivo, também serve para informar. Muitos dos eventos por exemplo, de cariz cultural e politico têm o facebook como um importante canal de divulgação. No entanto, os exemplos tanto do referido filme como do desafio mostram que o poder persuasivo é o mais dominante em todas as redes sociais. Até porque apesar dos eventos politicos terem uma função meramente informativa, os de cariz cultural acabam por ter uma finalidade persuasiva, no sentido de serem promovidos para que as pessoas os frequentem
Na minha opinião os media e as redes sociais possuem ambos os poderes, sendo que nos dão a conhecer inúmeras actividades e eventos, informam-nos do mundo que nos rodeia de uma forma quase instantânea e imparável mas também nos levam a tomar atitudes em massa, que de outra forma não tomaríamos. Um exemplo disso é exactamente o citado desafio de alteração da imagem de perfil de facebook para um boneco de B.D. ou cartoon de infância. Esta ideia não pertence, no entanto, ao jornalista João Tomé de Carvalho, como ele próprio clarificou no seu perfil de facebook “Esclarecimento: Dizem por aí que eu sou o autor desta ideia dos desenhos animados. Mais uma vez digo que não é verdade. Eu soube da iniciativa pela Cuca Moutinho. Portanto que fique claro para todos: Eu não sou o pai da criança. obrigado.” (http://www.facebook.com/home.php?#!/JTCarvalho). Compreendemos desta forma a grande influência que as redes sociais exercem na sociedade.
Outra ideia que me parece importante ficar clara é a transferência da experiência social do real para o virtual, como é dito no filme “The social network”. É exactamente essa transferência que torna as redes sociais tão atractivas e poderosas, pois o que as pessoas procuram é uma forma de estarem em contacto com os seus amigos, conhecidos, amigos de amigos (e saberem se estão numa relação, com quem, onde estão, o que fazem, onde foram, que fotos puseram, o que pensam, o que sentem, etc), uma rede que a pouco e pouco se vai alargando cada vez mais, um fenómeno referido no texto de Raquel Recuero “Redes Sociais na Internet”, na teoria de modelo de mundos pequenos. E é por este mesmo veículo de graus de separação, que o sociólogo Standley Milgram estudou e defende serem poucos os graus que nos separam uns dos outros, que é possível a enorme divulgação de algo que de outra forma não sairia do grupo que a criou. Isto é, sem esta rede o desafio das imagens cartoon nunca teria saído do grupo de amigos de quem a criou, mas vemos eu não só saiu como se espalhou nacional e internacionalmente.
The challenge on Facebook - to change your profile picture to a picture of an image of a cartoon hero from your childhood is just another example to prove how the »herd instinct« works. Because of that I wouldn’t really say that this is prove of the persuasion that media can have on society, is more like a fad. Facebook is in my opinion anyway more or less a place where people can show off and put some drama in their everyday live. Nevertheless we need to be aware that Facebook took an important role in society life – today is more important how many friends you have on your Facebook then in real life. Facebook is/became a place where also exist the pressure (and possibility) to “look good" and be popular. Because of that I would say that in this particular case it was more the idea that made people do this, then anything else – it was another idea to show off.
Mojca
Sobre a questão colocada sou da opinião de que ambos os poderes estao implicitos nos media e nas redes socias.
Informar e persuadir nao podem ser vistos individualmente pois se completam entre si.
Ao mesmo tempo que estamos a receber informação sobre algo proveniente dos media e das redes socias estamos a ser atingidos com informação que podem ou nao levar-nos a realizar uma determinada acção sobre o que acabamos de ver ou ouvir.
Por estes mesm motivos nao podemos distingui-las mas sim unir estas duas ideias.
Talvez o maior desafio de todos seja mesmo este, conseguir distinguir de forma explicita estes dois conceitos e tornar os media e as redes socias um poder informativo ou persuasivo apenas.
De referir ainda o filme "Social Network", um bom exemplo de que não há sucesso sem dor e que a arte e a visão do futuro tem o seu preço. Literalmente...
Fábio Dias
O aparecimento das novas tecnologias veio revolucionar o poder da comunicação no presente século e, também, já no anterior. Contudo, a criação da Internet e de mecanismos que nos permitem comunicar em tempo real foram o “boom” destes últimos tempos. Como é do conhecimento de todos, a Internet apresenta uma boa percentagem de regalias e vantagens, porém os riscos e advertências estão também em grande número.
O recurso a este meio de comunicação é cada vez mais frequente por pessoas que se sentem sozinhas e desmotivadas com a sua vida social, como é o caso do jovem que protagoniza este filme. Ao ver a sua vida amorosa “descambar”, Mark, o jovem informático e super inteligente decide ”abrir-se” perante o mundo e faz declarações sobre a sua própria vida no seu blog, talvez como forma de compensar algo que lhe foi retirado. Isto são cenas que acontecem todos os dias no mundo cibernético por grande parte dos habitantes do Planeta Terra. A Internet é vista por muitos como um porto de abrigo, como forma de refúgio devido aos insucessos da vida ou até mesmo devido a dificuldades em alcançar objetivos. O falhanço nas relações sociais é o ponto fulcral deste filme, o que faz com que o protagonista tome uma atitude relativamente a este facto. É nesta fase que Mark decide criar uma rede social de forma a colocar o maior número de pessoas em contacto umas com as outras. É aqui que nasce o tão conhecido de todos “Facebook”. Ao criar esta fantástica rede que atualmente está presente em mais de 207 países, Mark Zurckerberg conseguiu, assim, transformar a forma de como todos nós comunicamos hoje em dia. É possível, então, confirmar que os meios de comunicação exercem um grande poder sobre todos, uma vez que, nos dias que correm seria praticamente impossível sobreviver sem os media.
A comunicação é fundamental à vida, uma vez que as relações sociais estão no centro da nossa existência. Contudo, as formas de comunicar e de fazer chegar informação às pessoas tem vindo a alterar-se bastante. A informação é algo que deve chegar a todos de forma simples, clara e direta, porém é cada vez mais frequente a alteração dessas mesmas informações de modo a conseguir atingir o público. Os media têm como principal função informar e, até hoje, essa mesma função tem sido evidente. No entanto, influenciar, convencer e persuadir são aspetos, também, fundamentais para a sobrevivência dos meios de comunicação.
As redes sociais são um dos mecanismos mais “famosos” do momento. Como já anteriormente referi, estas permitem-nos estabelecer contato em tempo real, permitem-nos colocar informações por nós escolhidas nas nossas páginas pessoais, assim como nos permitem conhecer novas pessoas, novas culturas e novos mundos. É, portanto, um dos pontos favoráveis da Internet. No entanto, devem ser utilizadas de forma consciente e segura, pois embora sejam bastante benéficas quer a nível profissional quer a nível pessoal, estas redes podem muitas vezes, transmitir riscos à segurança pessoal. Em relação ao poder que as redes exercem sobre nós, eu penso que seja um poder positivo pois somos nós próprios que as controlamos. Se as redes informam ou persuadem? Penso que conseguem explorar estas duas vias, uma vez que podem ser utilizadas ou consultadas de forma a obter informação e podem, também, conter informações de cariz persuasivo, visto que é um dos meios mais influentes do momento.
Como conclusão a este comentário é possível afirmar, então, que as redes sociais são um dos mecanismos da Internet mais utilizado e mais influente da atualidade, uma vez que permite conviver, obter informação e realizar o mais diversificado tipo de tarefas. O “Facebook” é, ate à data, a rede social mais utilizada por todos e contém mais de 400 milhões de usuários ativos. Mark Zuckerberg, fundador da rede, é agora um dos jovens mais ricos e mais influentes no mundo da cibernética.
Maioritariamente, o filme passa-se numa sala de tribunal, em que os três supostos criadores se atacam verbalmente, com o principal intuito de obterem todos os lucros da rede e, através de analepses, o espectador consegue visualizar a história da criação na íntegra, até ao sucesso mundial do Facebook. Na verdade, o filme vai de encontro a uma verdadeira história de traição, em que alguém é capaz de processar o seu melhor amigo pela exorbitante quantia de 600 milhões de dólares.
Graças à rápida adesão e consequente propagação desta célebre rede, os elogios às duas principais personagens do filme, Mark e Eduardo, fundador e co-fundador respectivamente, aumentam de forma imparável, fazendo com que Mark ambicione a expansão da rede a outros continentes. Sabe-se, porém, que o estranho surgimento de um empresário de nome Sean, veio dificultar a relação entre os dois amigos, originando a maior discussão entre ambos, colocando-os em pontos divergentes em relação à direcção e funcionamento do Facebook.
Hoje, cada vez mais são as pessoas conectadas ao Facebook e, certamente, não imaginam que a rede que os permitem conhecer outrem que, por sua vez, se encontra a quilómetros de distância foi executado por um estudante universitário. Além disso, também não devem imaginar os problemas que estão por trás da criação da rede social em que está, constantemente, depositada a sua atenção, horas a fio.
Eu, sem dúvida, considero-me um grande “achado”, já que não tenho qualquer conta no Facebook. Certamente, agora estão boquiabertos com tamanha revelação! Talvez por preguiça para o criar, talvez porque não estou, ainda, e friso o ainda, suficientemente rendida. No entanto, admito que já estive mais longe de o fazer, já que tudo se diz, tudo se faz, tudo se conhece, tudo se comenta através do Facebook.
A televisão continua a ser o meio de comunicação detentora da maior percentagem de credibilidade depositada pelos “consumidores”, apesar de certos estudos confirmarem que esta realidade tende a desaparecer. Comparando Portugal com Espanha, acredita-se que exista algum cepticismo do nosso país em relação às redes sociais, sendo isto o claro oposto do que se vive em Espanha, onde 60% das marcas têm perfil no Facebook, números que tendem a aumentar.
Agora, a grande questão que se coloca é tentar perceber qual será o poder dos Média e das Redes Sociais: Informar ou Persuadir?
Efectivamente, esta é uma questão, sem dúvida, pertinente e cada vez mais as dúvidas sobre essa questão aumentam, na minha perspectiva. A persuasão tem assolado, por completo, os Média e as Redes Sociais. As estratégias de Marketing e publicidade sugam-nos para um universo “ perfeito” mas, no entanto, irreal que se estendeu em grande escala, tornando-nos incapazes de agirmos por nós próprios, de pensarmos por nós próprios e, até mesmo, de sermos nós próprios. A capacidade de manipulação impressa nos jornais, na televisão, na rádio, nas redes sociais é tão grande, que acabamos por criar identidades falsas que condizem com os estereótipos criados pelos Média, para sermos alguém com valor na sociedade, para chamar a atenção de terceiros.
Todavia, quero acreditar que certos grupos de Média se interessam pelo seu verdadeiro poder; o poder de informar, de dar a notícia ao outro, o poder de conseguir abrir os olhos àqueles que continuam adormecidos e se deixam anestesiar por algo irreal, porque talvez um dia seja tarde demais para voltar à realidade. E nessa situação, o que farias tu?
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